Eu, poeta de mim.

Vivo a poetar esta min'alma

de forma abissal, descolorida...

qual o funesto escuro desta vida,

co'a a morbidez do verso que acalma.

Os meus poemas são as despedidas,

são o adeus de quem já foi embora

atrás da poesia do outrora,

pelo cheiro dos anos, esquecida.

Não tenho, dos amores, o lirismo...

Não tenho, dos poetas, o altruísmo...

mas tenho alguma dor no coração.

Os meus poemas são meus pesadelos,

que minh'alma teima em mantê-los

na onirodinia da da paixão.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/09/2005
Reeditado em 30/03/2012
Código do texto: T47327
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.