Eu, poeta de mim.
Vivo a poetar esta min'alma
de forma abissal, descolorida...
qual o funesto escuro desta vida,
co'a a morbidez do verso que acalma.
Os meus poemas são as despedidas,
são o adeus de quem já foi embora
atrás da poesia do outrora,
pelo cheiro dos anos, esquecida.
Não tenho, dos amores, o lirismo...
Não tenho, dos poetas, o altruísmo...
mas tenho alguma dor no coração.
Os meus poemas são meus pesadelos,
que minh'alma teima em mantê-los
na onirodinia da da paixão.