Suave momento

Só quem teve o infinito prazer de vê-lo,
Mesmo que por momento, por um dia,
Sabe do que falo, da infinita poesia,
De vê-la nua, a pentear seu cabelo.

Em seu corpo ainda refulgem as gotas
Do banho recém tomado e se acumulam
Em seus seios e ventre, que me açulam
A observá-la, enquanto me vê, marota.

Este ato de alçar os braços aos céus,
Enquanto se penteia, a exibir as axilas,
De conter os cabelos, dispostos ao léu,

Por Deus, leva-me à infinita loucura,
E sinto-me feliz por submeter-me à fila
Do tempo, por décadas a sua procura.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 15/03/2014
Reeditado em 16/03/2014
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