Ato fálhico
Por décadas julguei que o meu era o maior
Até descobrir que existiam outros maiores,
Então decidi ter o melhor entre os melhores,
Empenhando-me saber que jamais teria o pior.
Assim, enlouquecido, penetrei tantos orifícios
Que me apresentaram nesta vida de procura,
Esquecendo-me de cuidá-lo, suprema loucura,
Até mesmo por cônscio do quanto era difícil.
E hoje, quando vejo que ele se descompassa,
E se mostra até mesmo sem o vigor de antes,
Que definha, como tudo que na vida passa,
Vem à mente o que tanto tenho perguntado:
Por que se mostra, como sempre, tão amante,
Este coração que ora falha, tão apaixonado?
Por décadas julguei que o meu era o maior
Até descobrir que existiam outros maiores,
Então decidi ter o melhor entre os melhores,
Empenhando-me saber que jamais teria o pior.
Assim, enlouquecido, penetrei tantos orifícios
Que me apresentaram nesta vida de procura,
Esquecendo-me de cuidá-lo, suprema loucura,
Até mesmo por cônscio do quanto era difícil.
E hoje, quando vejo que ele se descompassa,
E se mostra até mesmo sem o vigor de antes,
Que definha, como tudo que na vida passa,
Vem à mente o que tanto tenho perguntado:
Por que se mostra, como sempre, tão amante,
Este coração que ora falha, tão apaixonado?