Equívoco
Do ocluso ocaso orbita, dum acaso,
A vela acesa em hiperbóreos meus
De desejos velados, veste deus
Que quebra, esmaga e come o próprio vaso.
Vaso velho, vestido de Vestais
Vitrificadas nesta veste viva,
Que se esboça, se esconde e sempre esquiva,
Lânguida, nas latentes laterais
Dos desejos que rondam esta boca
Que oscila, esmaga, esconde, escorre e escapa.
Um estrangeiro volta em dor, sufoca,
Estremece, edifica e estabelece
Cada sanguínea tessitura, etapa
Por etapa naquela estranha messe.