APENAS SONHO
Trago em meu alforje,
Desesperanças como costume,
Como a espada de São Jorge,
Ficou cega, perdeu o gume.
Trago em meu embornal,
Restos da última esperança,
Como o sonho mais bestial,
Fomos enganados como criança.
Trago em meu coração,
Esse embelezamento contrário,
Nesse sentimento de otário.
Trago em meu sonho,
Quem sabe, o reverso do tema,
Que ora tenho como dilema.
2.014