Ébrio
Já que não me é permitido viver a seu lado,
Cada momento de minha vida que se esvai,
Ao final de mais um dia de espera, que vai
Com o sol se pondo e eu só, desconsolado.
Já que nem mais me mesmo resta a esperança
De vê-la adentrar por minha porta, de novo,
De povoar as noites de solidão, então sorvo
Esta bebida bendita e a tiro da lembrança.
Bem sei até mesmo da inutilidade de meu ato,
De manter-me ébrio por tanto tempo de espera
Por este amor que me consome, vil, insensato.
Na garrafa eu vejo seu corpo, pura indecência,
Me acenando, como se fosse simples quimera,
Encantado, decantada no copo, sorvo sua essência.
Já que não me é permitido viver a seu lado,
Cada momento de minha vida que se esvai,
Ao final de mais um dia de espera, que vai
Com o sol se pondo e eu só, desconsolado.
Já que nem mais me mesmo resta a esperança
De vê-la adentrar por minha porta, de novo,
De povoar as noites de solidão, então sorvo
Esta bebida bendita e a tiro da lembrança.
Bem sei até mesmo da inutilidade de meu ato,
De manter-me ébrio por tanto tempo de espera
Por este amor que me consome, vil, insensato.
Na garrafa eu vejo seu corpo, pura indecência,
Me acenando, como se fosse simples quimera,
Encantado, decantada no copo, sorvo sua essência.