A Estranha
A via, em volta, era de desesperadora troça.
Toda de preto, alva e grave, aflição jeitosa,
Uma dona sofre, com sua pose cuidadosa
Elevando a libido na barra da saia em taça.
Pernas de cera e era nobre, destra e lacrimosa.
Eu sorvia o conhaque quente para a moça
Na procela da carne no olhar em uma poça
A loucura que cativa e o gozo desta insossa
Lucidez na vida de prófuga beleza
De uma anca que me fez tremer ao ver...
E rever para a eternidade o que vai ser.
Além daqui já é demorado, e o que fazer?
Pois não sabe ela que agora amo a beleza
Se adivinhasse aquela o prazer sem frieza.
Herr Doktor