FRANKENSTEIN
Quanto de verniz tem a face da hipocrisia?
Quanto de granito tem a cara da arrogância?
Quanto de desamor no peito da ignorância?
Quanto de escárnio nos pés da paralisia?
Muitos são os dedos nas mãos sujas da heresia
Tantos são os olhos cegos da intolerância
Muitas são as línguas que sofrem de dissonância
Tantos são os dentes podres na boca da arisia
Existiria meu Deus ser assim horripilante
Se disfarçando em salões tão elegantes
Desfilando em tapetes de tom vermelho?
Quantos de nós o temos sem querermos ver?
Que pesadelos vê-lo em nós nos faz sofrer?
Quantos já viram essa sombra em seu espelho?