O menino do caderno

E era tanta vivacidade naqueles olhos

Era tanta história correndo nas veias

Tanta fantasia que vinha aos molhos

Nos olhos, mares, sol, vento e areias.

E engavetado nas folhas do caderno

O menino de riso espontâneo seguia

Lentidão para a idade; é ser moderno

Sem sublimação nas etapas da poesia.

Letras e mais letras juntas nas páginas

Desenhos e emoções da sua essência

Desatento à lasciva e tanta inocência.

E o menino do caderno era só poesia

A sua vida abrilhanta de forma abissal

E conheci esse menino em um sarau.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/03/2014
Código do texto: T4722152
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