Mulher
Um dia foste, em lágrimas, peregrina
Dos direitos e justiça, e na amargura
Fizeste do sorriso, escudo de bravura
E venceste toda a opressão masculina.
Se ainda choras, tens toda a grandeza
Nas lembranças arraigadas do passado
Ou por um desamor, no peito, esnobado
Pelo egoísmo imensurável da macheza.
Por tantos anos, exposta a preconceitos
Lutaste, incansável, pelos teus direitos
E não calaste, se oprimida e confessora.
E agora, após combater por longos anos
Busca manter a igualdade entre humanos
Sem se mostrar prepotente e opressora.