Soneto de Um Mundo Finito

sentido que existe além do meu corpo

leva-me a um algo distante pressinto

mais do que vida que mato e que minto

fora do tempo em que furia-me o corvo

olhei para o longe com um vasto absorto

e todo meu olho era um trago absinto

filtro de névoa onde houvesse um distinto

e o sonho não fosse um fétido aborto

findo este mundo, para onde o que digo?

há algo de eterno entre o som dos olhares

há algo de vivo entre o morto e o jazigo...

sentido que capta além dos pensares

como que sinto a que sinta contigo

quando no sangue nos vier te vingares?

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 07/03/2014
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