O Ledor
        
Lendo o “Monge Cister”
Senti o frenesi de um novel,
Alquebrado pela estória, um mister,
Como quem se entrega ao prazer da babel!
 
Sem querer sentir o aziago
Carnavalesco que o corpo sofre da boêmia;
Arremeti-me como se fosse um mago,
E retirei das palavras toda a blasfêmia!
 
Enquanto o celibato inspirava-me à exegese,
Pois que só, no celibatário, vi a Leonor...
A dor foi companheira na minha catequese!
 
Vi o Herculano, hercúleo escrevente do amor;
Celtibero cavaleiro; díspar da mimese...
O aliciante nas letras; o cortez doutrinador!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 07/03/2014
Reeditado em 27/03/2014
Código do texto: T4719400
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