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       RENASCER DAS CINZAS
              (eu lírico)


                       Pela quarta feira de cinzas


Sempre resta algo d'um amor naufragado,
Mesmo que sejam apenas cinzas, pó...
Sem viver a paixão, resta na garganta um nó,
A frustação sempre deixa o Ser amargurado.

Mas é tempo de reflexão, de se estar só,
Meditar e enxergar o tempo passado...
O que sobrou desse amor guardado,
E transformá-lo aos poucos em pão de ló.

A sublimação é tarefa árdua e lenta,
Feita para quem sente amor de verdade,
Pois só assim fica bem cicatrizado.

Compreender, aceitar, a gente aguenta,
O fardo é leve quando se tem vontade,
É preciso aceitar o verbo no passado!



    
 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 05/03/2014
Reeditado em 05/03/2014
Código do texto: T4716196
Classificação de conteúdo: seguro
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