SONETO DA TRANSFORMAÇÃO.
Vejo aceso o farol dos olhos teus,
rasgando o teor de toda escuridão,
vem buscando a luz dos olhos meus,
no louco afã de uma tímida paixão.
Todo o luar de ouro,percorrendo o céu,
vai escondendo as nuvens cinzas no porão,
vem no céu de azul marinho estender o véu,
para alucinar de vez meu pulsante coração.
E nesta noite de devaneio,e de luar tão bela,
abrir este caminho,estirpar de vez a solidão
ver meu peito arfar,e viver numa aguarela.
E assim eu e você,trançando em dois olhares,
um mundo colorido de cores,luz e imaginação,
e deixar a tela exposta sob finos raios de luares.