O pintor
Quando as gaivotas revoam por sobre o mar,
Os meus olhos deslizam-se no infinito,
Ando na praia na esperança de encontrar,
O artista que eterniza o que é bonito.
Eu não sei o seu nome. Sei que vive a pintar.
Seu rosto é sereno. A alma sem conflito.
Cabelos ao vento. Um modo singular.
Sua vida despojada mais parece um mito.
Por fim o vejo, aproximo embevecida.
No silêncio, ele contempla a criação.
Em suas mãos firmes, o pincel imita a vida.
A respiração arfa, a alma se arrepia.
Estou diante do belo. É pura emoção.
É cor. É energia. É tudo que me extasia.