O pintor

Quando as gaivotas revoam por sobre o mar,

Os meus olhos deslizam-se no infinito,

Ando na praia na esperança de encontrar,

O artista que eterniza o que é bonito.

Eu não sei o seu nome. Sei que vive a pintar.

Seu rosto é sereno. A alma sem conflito.

Cabelos ao vento. Um modo singular.

Sua vida despojada mais parece um mito.

Por fim o vejo, aproximo embevecida.

No silêncio, ele contempla a criação.

Em suas mãos firmes, o pincel imita a vida.

A respiração arfa, a alma se arrepia.

Estou diante do belo. É pura emoção.

É cor. É energia. É tudo que me extasia.

Déa Miranda
Enviado por Déa Miranda em 04/03/2014
Código do texto: T4715356
Classificação de conteúdo: seguro