INCERTEZAS 

Eu não sei que infortúnios e tropeços
Se escondem sob o sol de meus caminhos.
Pois às vezes, a doçura dos meus versos,
Ferem e sangram, qual esteira de espinhos!

Se, talvez, estrada longa eu percorro
E perdidos passos deixo atrás de mim...
Eu desisto sem chegar, pois sei que morro
Se um vislumbre de esperança chega ao fim!

Entre gritos e lamentos, caminhando,
Me perdendo em devaneios, triste ando
E por vezes, beijo o chão onde pisei...

Eu me escondo da verdade ante meu rosto.
Só não posso esconder o meu desgosto
De não encontrar-me por onde eu andei...