Meu vô João
Quantas lembranças tristes!
Se foi, depois de tomar um cálice de veneno
Eu ainda era tão pequeno
Lembro-me bem até dos seus chistes.
Tinha apenas 10 anos, quando ele morreu
O seu rosto todo deformado
Estava com o semblante trastornado
E nada tinha de seu!
Eu, ali, o fitava
Naquela hora fúnebre
Naquele caixão de pobre.
Até hoje, fecho os olhos e vejo
Ah, querido vô João!
Aquela cena jamais sairá de minha visão!