COMO ARAGEM

COMO ARAGEM

Joyce Sameitat

Debruço meu coração bem devagar;

Nas margens sinuosas da realidade...

Então a agonia o pega e me invade;

Levanto-o depressa para não afogar...

A vida como sempre bem apressada;

Olha o que é belo para ter esperança...

E o que meu sentimento não alcança;

Some dos meus olhos como um nada...

Quero de volta os sonhos que voaram;

E por entre nuvens fofas se grudaram...

Desfeitos pela aragem infinita do tempo!

Procuro juntar meu tão efêmero amor...

E revesti-lo com pétalas de alguma flor;

Antes que o carregue para longe, o vento...

SP - Fevereiro 2014

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 28/02/2014
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