AO POETA

Homenagem ao poeta brasileiro

Gregório de Matos. 1636-1696

Ah! Não sou mais aquele catedrático...

Boêmio cachaceiro e mulherengo,

Que outrora fui deveras um dramático.

Todavia meu regresso sem arengo.

Escrevi só a verdade e fui banido,

Do solo mãe, da minha Pátria Amada,

Contudo bem distante... Tempos idos

De volta para o lar debilitado.

Noutro Estado, porém em Pernambuco,

Sem saída morrerei seio do meu País,

Já não aguento, sufoca o próprio muco.

Em teu colo, em teu leito eu só queria,

Adormecer, sonhar eternamente.

Nativismo, saudades, tu... Bahia.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 27/02/2014
Reeditado em 03/02/2015
Código do texto: T4708882
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