AO POETA
Homenagem ao poeta brasileiro
Gregório de Matos. 1636-1696
Ah! Não sou mais aquele catedrático...
Boêmio cachaceiro e mulherengo,
Que outrora fui deveras um dramático.
Todavia meu regresso sem arengo.
Escrevi só a verdade e fui banido,
Do solo mãe, da minha Pátria Amada,
Contudo bem distante... Tempos idos
De volta para o lar debilitado.
Noutro Estado, porém em Pernambuco,
Sem saída morrerei seio do meu País,
Já não aguento, sufoca o próprio muco.
Em teu colo, em teu leito eu só queria,
Adormecer, sonhar eternamente.
Nativismo, saudades, tu... Bahia.