Sarjeta

Malditas lágrimas que derramas agora;

Desmerecido é o teu pranto por ela;

Bem preferia estar jazendo às velas

Com o corpo inerte e indolor numa cova.

Maldito amor que não merece provas;

A dor te sova e só te traz procelas;

Tua cruz é a culpa e na maior parcela;

Impenitente é o amor que a ti reprova.

Feneces aos poucos pra essa vida inglória,

Mas aos caprichos dela não dás trela...

Anulas-te ao amor como inútil escória.

Entregas-te à morte sem zelo ou cautela;

Tragar o álcool é só o que te consola;

E te ignoras a andar pelas tabelas.

Beto Acioli

14/10/2013