Verso inconsequente

De repente, não mais que, de repente

Já não pude mais me expressar...

As palavras do verso inconsequente,

Me impediram de amor, poder falar...

Na verdade não sei como explicar

O que vai no meu âmago em torrente

Nem sequer num esboço, pincelar;

Pois que grita no peito a dor pungente...

Ah, quem dera um poema a clarear,

Se fizesse assim livre, a orquestrar

Confissões de um amor que é grande, urgente...

Mas a dor a arrancar ai indolente,

Desordena uma rima, um verso, em mar,

Extrapola o meu limite, rege o andar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 24/02/2014
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