MURMÚRIO

O que queres tu que bate à porta

Que às vezes conturba ao anoitecer

Não vês que é preciso amanhecer

O teu murmúrio a mim já não importa...

Pois teu lamento em meio a escuridão

Soa alto, tua ressonância incomoda,

Na folhagem o vento seco roda

Rola o potentado, o hostil e o cristão.

Mistério este Senhor, que atordoa,

Queiramos ou não essa lassidão,

Porém acontece, Ah! Não é à toa!

De onde vem o lamúrio conhecido

Que ao longo deixa pasmo o irmão

De certa forma, não é ruim, e nem boa.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 24/02/2014
Reeditado em 24/02/2014
Código do texto: T4704126
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