MURMÚRIO
O que queres tu que bate à porta
Que às vezes conturba ao anoitecer
Não vês que é preciso amanhecer
O teu murmúrio a mim já não importa...
Pois teu lamento em meio a escuridão
Soa alto, tua ressonância incomoda,
Na folhagem o vento seco roda
Rola o potentado, o hostil e o cristão.
Mistério este Senhor, que atordoa,
Queiramos ou não essa lassidão,
Porém acontece, Ah! Não é à toa!
De onde vem o lamúrio conhecido
Que ao longo deixa pasmo o irmão
De certa forma, não é ruim, e nem boa.