II

No chão, pés presos outrora era

Agora voejando os vejo audacioso

A razão que ao longo se opera

Atascou-se em um solo argiloso

E o peito inflado, tão orgulhoso

De ilusão, devaneio e quimera

São sequelas de um ser odioso

Que ao cego estar, logo o venera

No abismo andava a consciência

E aos pais restavam a paciência

Quando urrando expressava utopia

Sofri, portanto perdera a essência

Há pouco, à fé volvo com prudência

Hoje sã, enquanto ontem me iludia.

Rafaela Vidoto
Enviado por Rafaela Vidoto em 23/02/2014
Reeditado em 23/02/2014
Código do texto: T4703421
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