Sedento
Os tristes acham que o vento geme;
os alegres que ele canta.
Luiz Fernando Veríssimo.
Sedento
Estou sedento para conhecer a Dona Morte,
Deitar-me ao além do além de outras vidas,
Transpor adeus em encontros e Despedidas
E encontrar-me com todos os meus mortos...
Nas festas que nos jardins da vida prolonga,
Não será um encontro, nem uma despedida...
Serão aceno nos caminhões de longas vidas,
Quem teve o Milagre de tê-la, a vida, longa...
E assim nos dias de breves e longas partidas,
Os sussurros em teus ouvidos, tênue e vãos...
Estarei sorrindo aos teus afagos meus irmãos.
Quem não sentir a minha ida fodam-se então,
Feito as flores que perderam-se nos jardins...
Em meu olhos cerrados num sorriso estarão.
Tony Bahi@.