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PADECENTES [484]
“Tudo passa” – me dizes –, “tudo passa”.
É tão gasto o dizer e repeti-lo!
Mas verdade vulgar, da vida estilo,
expressão tão volátil quão fumaça.
Tanto amor, e julguei não descumpri-lo,
às primeiras pendências já se embaça?!
Nas nuanças dos dias, não tem graça,
apesar do passado bem tranquilo.
Tu vieste e te foste, de romagem,
como sopro fugaz d’alguma aragem,
e não mais como o par dos confidentes.
Lá num ontem, vivíamos a dois,
mas a paz se nos foi, viramos, pois,
duas meras figuras padecentes.
Fort., 21/02/2014.
PADECENTES [484]
“Tudo passa” – me dizes –, “tudo passa”.
É tão gasto o dizer e repeti-lo!
Mas verdade vulgar, da vida estilo,
expressão tão volátil quão fumaça.
Tanto amor, e julguei não descumpri-lo,
às primeiras pendências já se embaça?!
Nas nuanças dos dias, não tem graça,
apesar do passado bem tranquilo.
Tu vieste e te foste, de romagem,
como sopro fugaz d’alguma aragem,
e não mais como o par dos confidentes.
Lá num ontem, vivíamos a dois,
mas a paz se nos foi, viramos, pois,
duas meras figuras padecentes.
Fort., 21/02/2014.