ROGO

ROGO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=20/fevereiro/2014)

Quando será, meu Deus, que vou morrer?

Sinto-me frágil, já quase não suporto,

Invariavelmente me comporto

Nos pensamentos a me absorver.

Eu sei, meu Deus, que a vida é uma batalha,

Onde o confronto com a realidade

Repete-se robusto de maldade

Trazendo à nossa aorta uma navalha.

Nasci, cresci, envelheci, lutei,

Bem mais venci na vida, sem alarde,

Hoje, meu sabre, nem usar eu sei.

Não quero que me ceife a comoção,

Não quero aliciar ato covarde,

Os meus desígnios eu ponho em tua mão.

(3o. pág. 162)

"https://www.clubedeautores.com.br/book/212294-M-O-M-E-N-T-O-S"