Ringue

A vida, às vezes, nos desnorteia;

Nos desilude, nos desampara.

Em outras vezes nos nocauteia,

Com um forte soco na nossa cara.

A gente luta, mas cambaleia;

E uma ferida já se escancara.

No coração se desencadeia,

A dor profunda que nunca sara.

Murros covardes da indiferença,

E pontapés da incompreensão

Árduas pancadas de recompensa.

Tristes ataques da traição.

Nocauteado, sofrendo ofensa;

Com os duros golpes da ingratidão.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 20/02/2014
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