Ringue
A vida, às vezes, nos desnorteia;
Nos desilude, nos desampara.
Em outras vezes nos nocauteia,
Com um forte soco na nossa cara.
A gente luta, mas cambaleia;
E uma ferida já se escancara.
No coração se desencadeia,
A dor profunda que nunca sara.
Murros covardes da indiferença,
E pontapés da incompreensão
Árduas pancadas de recompensa.
Tristes ataques da traição.
Nocauteado, sofrendo ofensa;
Com os duros golpes da ingratidão.