REDENÇÃO.

Como o raio de sol que toca a feze
E, no entanto não se torna impuro
A alma toca o corpo torpe, escuro
E não se mancha, pelo menos em tese.

No entanto caso ela ore e reze
Grite da tumba no cadáver duro
Um anjo a ouve, mesmo sendo puro
Embora a imundície analise e pese.

Entre os vermes do túmulo põe a mão
E a alma suja do lodo putrefato
Da o consolo e o abraço nunca visto.

E o ser se ver guinado a perfeição
Sequestrado pelo arcanjo, segue-o grato
Chegando alvo e limpo aos pés do Cristo.


Autor _ Augusto dos Anjos.
Quem foi?_Poeta brasileiro de originalidade inegável, admirado pela critica e pelos leigos. É um pré-modernista de primeira mão e de inimitável talento.
Canalizador _ Nicodemus Silva.
A Lira dos Imortais e Augusto dos Anjos
Enviado por A Lira dos Imortais em 20/02/2014
Código do texto: T4699415
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