Fundo do poço
Agora sinto que sou menos do que antes,
Sou uma metáfora sem graça e tristonha,
A minha vida que outrora fora tão risonha,
Tem decepção e tristeza como constantes.
Por esse mundo que pessoas são pedantes,
Eu vago silente, mas mesmo que exponha
Algum valor, sou igual a quem não sonha,
Não relaxo, pois me falta horas calmantes.
Na vida vivi sempre em grande confronto,
Tentei inúmeras vezes ter fé em um futuro,
Mas tal castelo, pedra por pedra, desmonto.
Depois que deixei de ter pensamento puro,
E com a certeza que fui além do meu ponto,
Eu creio ser o epílogo o lugar mais seguro.