HELENA...

No olhar triste da serva ali prostrada

Num misto de fé, dúvida, talvez,

Eu pude ver um’alma condenada

Num élan de loucura ou lucidez...

Aos gritos, a mulher, ali, alterada,

Clamava em brados fortes, com a tez,

Corada, tão vermelha, latejada,

Gritava e gritava outra vez...

O povo ao lado então olhando a cena

Ficava com a face tão serena

Deixando-se então levar-se pela Fé

Alguns diziam assim: É Madalena!

Mas, lá fora alguém gritava: É Helena!

Que nunca mais voltou ao Cabaré!!!

Arão Filho

São Luís-MA, 18 de Fevereiro de 2014

P.S: Não foi dedicado a nenhuma das minhas amigas Helenas... risos....