METAFÍSICA
Disse o verbo: Vértebras às medulas fétidas da vergonha,
Cosmos sevo de liame putrefato e reloucura infame!
Cuspa o véu de hipocrisia prata em chávena d'ouro,
Consumando o escárnio de siso réprobo, medonho!
Haja trevas no crepúsculo da irmandade,
Ó, vômito angustiante e incognoscível!
Pelos vales, passos de miséria bacteriana
Em assoalhos frígidos que coroam a maldade...
Odisseia mentirosa, quem nasceu pra procriar?
Donde vens, vento da vida?! Aonde vais, ó, sopro réu?
Preso em trevas adormecidas, rogas a verdade broquel!
- Ruge meu verme de mim, a gritos de Pandora!
Mil espelhos de minha face refletem o caos do opróbrio...
Verte em lágrimas de sóis anis, falsidade ideológica!
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