METAFÍSICA

Disse o verbo: Vértebras às medulas fétidas da vergonha,
Cosmos sevo de liame putrefato e reloucura infame!
Cuspa o véu de hipocrisia prata em chávena d'ouro,
Consumando o escárnio de siso réprobo, medonho!

Haja trevas no crepúsculo da irmandade,
Ó, vômito angustiante e incognoscível!
Pelos vales, passos de miséria bacteriana
Em assoalhos frígidos que coroam a maldade...

Odisseia mentirosa, quem nasceu pra procriar?
Donde vens, vento da vida?! Aonde vais, ó, sopro réu?
Preso em trevas adormecidas, rogas a verdade broquel!

- Ruge meu verme de mim, a gritos de Pandora!
Mil espelhos de minha face refletem o caos do opróbrio...
Verte em lágrimas de sóis anis, falsidade ideológica!


[...]
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 18/02/2014
Reeditado em 14/11/2014
Código do texto: T4696533
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