O prêmio
O prêmio
Então eu partirei. Quem sabe o dia?
E deixarei na terra os meus amores,
orgulho, vaidades, refletores,
desejos, sofrimentos, poesia.
Mas sem o amor do Pai o que eu seria?
Talvez vilão num circo dos horrores,
um animal voraz, plantando dores,
semeando ilusão, falsa alegria.
Eu ouvirei, enfim, assim espero,
quando eu chegar ao Céu, (tudo o que eu quero)
dos anjos, meus irmãos, uma pronúncia:
Pode entrar porque és um filho amado
de Deus que há muito tempo tem guardado
teu prêmio pelo amor com tal renúncia.
Gilson Faustino Maia