A Flor Proibida
A Flor Proibida
Jorge Linhaça
Por onde andas, ó flor proibida,
Que em minha vida jamais encontrei
Por onde andei, ó flor escondida,
Tua pele linda jamais eu cheirei.
S’em ti esbarrei, oculta da vida
Dize-me ainda, se um dia a verei,
Ou se partirei, ó flor tão querida,
D’alma partida, pra onde não sei.
Passam-se os anos, aumenta o temor,
De partir na dor, de uma saudade,
Que na verdade a mente criou
Para onde eu for, na eternidade,
Levo a vontade de ver-te, ó flor,
Sentir-te o frescor, ó flor liberdade.