Soneto de Um Só
Enlouquecido em versos escondo meu medo,
E desatinado proclamo-o em segredo,
Tenebrosa noite escura que me censura,
Todo movimento que a ti me enclausura.
Fadado a fenecer perante a sua ausência,
Deliro! Momento de desespero e carência,
E extirpando mais um sentimento escondido,
Atuo. Como se nada houvesse sentido.
Em meio à emancipação do “eu sozinho”,
Em você me encontro; confluência de caminhos,
Tem-me pelos olhos, impossíveis de irmanar.
Funesta depreciação daquilo por estar...
“Somos um” como diversas vezes repetiu,
E para encontrar-me em você, dividi-me, em mil.