A Estudante
Com passadas suaves transpassando a rua,
Dócil figura amável de lindas madeixas;
Fria ao olhar, a fim de que ninguém a possua...
Destila formosura que na esquina deixa!
Cálida penumbra que desfila em auroras!
Atrai dos apreços atenções mais singelas;
Censura de moços as visões que a devoram...
Fechada não liberta segredos só dela!
Ó graciosa estudante de encantos mil!
Não me trate com olhar desprezivo e vil;
Logre, pois, o amante que lhe levou o alegre ar.
Ó bela garota, dos sonhos, a ternura...
Da ida e vinda uma esperança ainda reflua...
De um convidativo olhar a me namorar!
Carmo de Oliveira