MOMENTOS DE SOLIDÃO
Olho a rua tão escura e deserta
ninguém, viva alma a passar por ela!
Nenhum ruído, todos dormem na certa
só eu aqui, insone nesta janela.
Me vêm à cabeça tanto pensar.
Os olhos se perdem na escuridão
esperando surgir alguém a passar
algum barulho, prá acabar a solidão.
Eis que, lá ao longe, o ladrar de um cão,
serviu para desviar meu pensamento
e, de repente, ouvir a voz da razão.
Na rua deserta, o átrio é um desafio.
Nem sei que faço aqui, neste momento,
olhando para nada, sozinha, horas a fio!