Temores!


Se um dia tu partisses de repente,
calado, sem sequer dizer adeus.
verias o que meu coração sente
distante da razão dos dias seus...

Se minha alma ferida de poeta,
deixasse de cantar meus tristes ais...
Beijasse eu a terra, então que alerta
ao poeta, entoa hinos de vestais!

Conquanto que minh’alma insana, louca,
sentisse estar, por vezes, e não poucas,
despida de ilusões que escondeu.

Talvez que em meu peito a nostalgia
se aninhasse mais que o amor, e um dia
louvasse, então, o poeta que morreu!