DELIRIUM TREMENS
Odir Milanez


A primeira garrafa de cerveja
desce macia e leve como um beijo.
Falar em beijo, quem aqui me beija,
se nenhuma mulher no bar eu vejo?

Bebo a segunda. Enquanto ela espumeja
beijo à boca do copo algum sobejo.
Bebo a terceira. A quarta. A quinta enseja
a brindar-me e dar vivas ao desejo!

Das contas indo além, ela aparece.
Paira no ar. Afoita-se e flutua,
adeja adeus e um chope me oferece.

Achego-me ao seu corpo, sinto-a nua!
E nu me sinto ao sol que me amanhece
nos batentes do bar, ao rés da rua!

JPessoa/PB
15.02.2014
oklima

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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos ao amor...


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oklima
Enviado por oklima em 15/02/2014
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