LÁSTIMAS NUMA TABERNA

Adormeci tranquilo sobre cinzas raras,

De regozijo falso de tristes amores,

Riso passado a limpo nestas noites claras,

Em que contesto sobre duvidosas dores.

Jamais de mim as frágeis e estúpidas taras,

Que receberam louros de ti e belas flores,

Acolherão de mim algo; assim desamparas

Meu coração, e mostras que todos bolores,

Contaminaram nossos belos sentimentos;

Em mim brotaram lágrimas secas e eternas,

E nada mais consigo sentir...só lamentos,

Tuas atitudes foram por um tempo ternas,

Mas, hoje, nada vive nos meus pensamentos,

Se tu quiseres rir: venhas pelas tabernas...

(Victor A M Pinheiro)

Victor A M Pinheiro
Enviado por Victor A M Pinheiro em 15/02/2014
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T4692404
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