LÁSTIMAS NUMA TABERNA
Adormeci tranquilo sobre cinzas raras,
De regozijo falso de tristes amores,
Riso passado a limpo nestas noites claras,
Em que contesto sobre duvidosas dores.
Jamais de mim as frágeis e estúpidas taras,
Que receberam louros de ti e belas flores,
Acolherão de mim algo; assim desamparas
Meu coração, e mostras que todos bolores,
Contaminaram nossos belos sentimentos;
Em mim brotaram lágrimas secas e eternas,
E nada mais consigo sentir...só lamentos,
Tuas atitudes foram por um tempo ternas,
Mas, hoje, nada vive nos meus pensamentos,
Se tu quiseres rir: venhas pelas tabernas...
(Victor A M Pinheiro)