Um algo de mim
Eu sou a espera na beira do cais
Sou o tempo que deixei no atrás
Espera de vencer num tanto faz
Em algum deslize em leva e traz.
Sou algo alcançado ou esquecido
Erros de paixões desencontradas
Tempo de saber um algo ou nada
Quântica fração ou resto perdido.
Sou o estranho da vida confundido
A velha paixão num fogo esmaecido
Qual resto de vulcão em extinção.
Sou um ser num absurdo retraido
Que busco ao certo algo escondido
Nas cartas incertas de meu coração.
Mas se a fé perdura e ainda vivo
Alcançarei por certo teu paraíso.