A QUEM DOER
Poesia é coisa séria. É pra quem pode
Com o coração, talento, “engenho e arte”,
Fazer no verso um voo a qualquer parte
Da criação; cantar da Trova à Ode.
Quem sabe o voo do gênio incomode
A arte do soneto cedo ou tarde
E num estrambote faça algum alarde
Fingindo a águia quando asas sacode.
Mas num voo raso, cheio de pavor,
Logo esmorece, cansa e cai no mar
Do inatingível sonho, por não ser
Ave mais nobre, o pássaro Condor,
Aquele que mais alto há de voar
Por ser poeta, doa a quem doer.
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Com o coração, talento, “engenho e arte”,
Fazer no verso um voo a qualquer parte
Da criação; cantar da Trova à Ode.
Quem sabe o voo do gênio incomode
A arte do soneto cedo ou tarde
E num estrambote faça algum alarde
Fingindo a águia quando asas sacode.
Mas num voo raso, cheio de pavor,
Logo esmorece, cansa e cai no mar
Do inatingível sonho, por não ser
Ave mais nobre, o pássaro Condor,
Aquele que mais alto há de voar
Por ser poeta, doa a quem doer.
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