MALA VAZIA
Odir Milanez
 


Da quietude do quarto arrasto a mala
e em meio à sala ajunto o que há disperso.
A solidão silente não me abala,
nem me assusta o que sinto submerso.

Abro a mala vazia. Avento usá-la
para guardar vozeios de meu verso,
os momentos finais de sua fala,
do nosso amor o conto controverso...

O rasto de uma rosa emurchecida,
um retrato, restando só metade,
de seu corpo do meu na despedida.

O farto do que foi felicidade
e, se espaço inda houver, de nossa vida
guardarei um sem contas de saudade!



JPessoa/PB
14.02.2014
oklima

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Sou somente um mescriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...


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oklima
Enviado por oklima em 14/02/2014
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T4691254
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