AS TÁBUAS DO CAIXÃO
Tenho as tábuas perfeitas do caixão
Que espera pela minha própria morte,
Sinto-me condenado a essa sorte
Que não me dá nenhuma explicação.
Estou triste e a viver numa prisão,
Da qual não há sequer algum transporte
Nem nada que da minha vida importe,
O parar de bater do coração!
Estou literalmente massacrado,
Resta-me assim viver os meus lamentos,
De que estou ferozmente enamorado.
Nasci para sofrer os meus tormentos,
Que mais me poderá ser desejado?
No amor a dor maior dos sentimentos!
Ângelo Augusto