AS TÁBUAS DO CAIXÃO

Tenho as tábuas perfeitas do caixão

Que espera pela minha própria morte,

Sinto-me condenado a essa sorte

Que não me dá nenhuma explicação.

Estou triste e a viver numa prisão,

Da qual não há sequer algum transporte

Nem nada que da minha vida importe,

O parar de bater do coração!

Estou literalmente massacrado,

Resta-me assim viver os meus lamentos,

De que estou ferozmente enamorado.

Nasci para sofrer os meus tormentos,

Que mais me poderá ser desejado?

No amor a dor maior dos sentimentos!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 14/02/2014
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