PÁLIDO MOMENTO.

É NOITE, E A BRISA CORRE FRESCA ENTRE JARDINS.

O CHUVEIRO FORA ABERTO E JORRA SEM CESSAR.

ELA SE ENSABOA BEM DEVAGAR, SEM FIM...

MAS SABE QUE A JORNADA É ASSIM

FUNESTA, E TENTA ARRANCAR DE SI À VIDA.

OU ENTÃO CONSERVÁ-LA ETERNAMENTE DENTRO.

SÃO HORAS DE LANGUIDEZ SATÂNICA - ESSE BANHO.

DEPOIS DE PASSAR POR TRÊS HORAS LACÔNICAS...

ELA ENXUGA A PELE ENRUGADA, E VESTE-SE..

DE PRETO, ASSOA O NARIZ NO TRAVESSEIRO...

E DEIXA QUE AS LÁGRIMAS ROLEM INSCONSTANTES.

ENTRA NO QUARTO E FITA O ROSTO PÁLIDO...

DA MORTE CINZENTA NAQUELA SEGUNDA-FEIRA.

NAQUELE DIA DE FIM, E DE RECOMEÇO.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 14/02/2014
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T4690620
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