PÁLIDO MOMENTO.
É NOITE, E A BRISA CORRE FRESCA ENTRE JARDINS.
O CHUVEIRO FORA ABERTO E JORRA SEM CESSAR.
ELA SE ENSABOA BEM DEVAGAR, SEM FIM...
MAS SABE QUE A JORNADA É ASSIM
FUNESTA, E TENTA ARRANCAR DE SI À VIDA.
OU ENTÃO CONSERVÁ-LA ETERNAMENTE DENTRO.
SÃO HORAS DE LANGUIDEZ SATÂNICA - ESSE BANHO.
DEPOIS DE PASSAR POR TRÊS HORAS LACÔNICAS...
ELA ENXUGA A PELE ENRUGADA, E VESTE-SE..
DE PRETO, ASSOA O NARIZ NO TRAVESSEIRO...
E DEIXA QUE AS LÁGRIMAS ROLEM INSCONSTANTES.
ENTRA NO QUARTO E FITA O ROSTO PÁLIDO...
DA MORTE CINZENTA NAQUELA SEGUNDA-FEIRA.
NAQUELE DIA DE FIM, E DE RECOMEÇO.