SONETO DO GARIMPEIRO TRISTE.
Muda, campeia esta longa estrada,
estrada viceral,onde passeia o amor,
larga os espinhos que lhe faz prostada,
sempre divagando em total desamor.
Quantas vezes viajo na sua profundidade,
sou um ferrenho garimpeiro de tristeza,
ah,como alivia meus colóquios de verdade,
vejo que viaja na desilusão com mais leveza.
A luz do sol e a leve claridade da lua,
as lágrimas do céu,orvalho alvo e denso,
hão de clarear o preto véu da imagem sua.
Venha,enfeito de ânfora e flores seu momento,
abrando com bálsamo este mar revolto e tenso,
que forte banha os abismos de teu pensamento.