ABRE A PORTA...
No destino que me pertence, predestinação?
É noite alta, no negror da noite morrediça
Sou como vento que urra, que lhe atiça
O advento natural de sua imaginação...
Moro além de ti, mas que isso importa?
Sou eu sumidouro de mim, ando a flanar,
girando à tua morada para talvez te confinar
E beber tua alma, elixir que me conforta...
Caminho junto de ti, e não consegues me ver
Quantas vezes meus sonetos conseguis-te ler?
Teu olhar perdido agora, mas o que importa?
Trago-te brisa, como um rebento nos meus braços,
E na tua vivenda, ouças meus singelos passos
Silencia-te meu Amor, sou eu, abre tua porta...
Romulo Marinho