ABRE A PORTA...

No destino que me pertence, predestinação?

É noite alta, no negror da noite morrediça

Sou como vento que urra, que lhe atiça

O advento natural de sua imaginação...

Moro além de ti, mas que isso importa?

Sou eu sumidouro de mim, ando a flanar,

girando à tua morada para talvez te confinar

E beber tua alma, elixir que me conforta...

Caminho junto de ti, e não consegues me ver

Quantas vezes meus sonetos conseguis-te ler?

Teu olhar perdido agora, mas o que importa?

Trago-te brisa, como um rebento nos meus braços,

E na tua vivenda, ouças meus singelos passos

Silencia-te meu Amor, sou eu, abre tua porta...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 13/02/2014
Reeditado em 09/10/2016
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