Soneto da Política
Visão Pragmática
O racionalismo oitocentista
Toma, alvi-rubro, proporções doentias.
O voo da racionalização, o ultraje do isolamento
São mais que sequelas pós-modernas do eterno desalento.
As crias, sedentas pelos peitos consumistas,
Se transvestem de pseudo-comunistas,
Na estilização da execrável gritaria
Do anti-progressismo que Weber repensaria.
Um plug em cada canto, um eletrodo
As giga-desumanizações e as tera-ligações
Abrem a boca dos naturalistas, tão tolos.
Só viveremos, de fato, a era racional
Quando nos livrarmos do rubro mal
Que desalenta o avanço de si e da moral.