Tempo
Corre a ampulheta inexorável
Grão à grão partilha o tempo
Perseguindo algo não palpável
A lamentação vem a contento
Tempo que abranda o coração
Hora torna possível a retomada
Vem ao encontro da desolação
Ante tal jornada fria e solitária
E haverá sim quem o amaldiçoe
Dos seus tão íntimos mistérios
E que em sua ignorância caçoe
E se tornará perfeito lá no fim
Ao aceitar o rumo do ministério
Tal que o tempo ditará enfim