Prantos
Às vezes sem querer ela vem involuntária,
Triste eu fico e por isso que ela vem e cai,
Basta eu sentir certa nostalgia que ela sai,
Fazendo-me eu me sentir um pobre pária.
Eu te juro que de mim mais ainda te daria,
E agora só o arrependimento se sobressai,
Por isso a minha alegria às vezes se esvai,
Para a tristeza se tornar a minha única ária.
Lágrimas me lavam e expõem minha dor,
Porque eu fico por demais sentido do fim,
Choro tanto a ponto de quase perder a cor.
Canto o que sinto pela falta da musa, enfim,
Minha ladainha eivada de mágoa e rancor;
Mas a todos mostro meu sorriso de marfim.