Rusgas
Quem aguenta vinte e quatro horas disso?
Todo dia confusões, sem nenhum motivo,
No final eu fico permanecendo teu cativo,
E detesto fazer o papel de tonto submisso.
Porque gosto de manter o meu jeito altivo,
Pois nessa vida eu não sou um ser omisso,
Tampouco me tornarei um bêbado remisso,
A independência é uma virtude que cultivo.
Meu pecado foi não ter liberto tua pessoa,
E assim vivermos todos sem pendências,
Agora criamos tantas dependências, à toa.
Se sentíssemos ainda as nossas ausências,
Assim nós viveríamos de uma forma boa,
Nos livraríamos de todas as vãs carências?